A gravidez é fator de risco para o surgimento de varizes – veias dilatadas e tortuosas que se desenvolvem sob a pele – ou pode ainda agravar o quadro no caso de mulheres que já conviviam com o problema antes de engravidar. De 20% a 30% das mulheres desenvolvem varizes durante a gestação.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), estima-se que 30% da população mundial têm varizes, sendo 70% mulheres e 30% homens. Nas gestantes, o aumento do hormônio progesterona age de forma que relaxa a parede da veia, favorecendo sua dilatação anormal e a formação de varizes. No final da gravidez, no terceiro trimestre, há uma compressão do útero sobre as veias do abdome e da pelve devido ao grande volume uterino e isso dificulta o retorno venoso das pernas.
Quando as veias se dilatam, a mulher pode sentir cansaço, inchaço e dores nas pernas, principalmente nas panturrilhas e no final do dia. Algumas gestantes ainda podem apresentar sintomas como coceira, inflamação nas veias, e, em casos mais graves, úlceras na pele, varicorragia (sangramento) e trombose (formação de coágulo de sangue).
O melhor remédio para as varizes é a prevenção. Antes a medicina só tratava o problema. Hoje isso mudou. A mulher que sofre com as varizes e planeja ter um filho deve consultar um angiologista antes mesmo de engravidar.